sábado, 25 de agosto de 2007

os sertões carioca

Essa promete. De SP, o Andrei avisa em primeira mão que a antológica Cia de Teatro Oficina, do Zé Celso, fará apresentações em SP, Rio Recife e Salvador, como parte das comemorações de seus 49 (!) anos. No Rio, de 2 a 14 de outubro, dentro da programação do Rio Cena Contemporânea. Loucuras, subversões e surpresas previstas em grande quantidade.
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É uma mega produção, onde todos os números são superlativos: No total são 26 horas de encenação, por uma equipe de 70 pessoas, que coloca o pé na estrada carregando cinco toneladas de cenário e objetos de cena e 2,5 mil figurinos. No palco estarão 47 atores, músicos, dançarinos e atores mirins do Movimento Bixigão, mais dois câmeras ao vivo, quatro contra-regras e, nos bastidores outros 17 profissionais entre iluminadores, sonoplastas, VJs, produtores, camareiras e pessoal de apoio.
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O diretor de arte Osvaldo Gabrielli, faz chover areia no sertão e coloca ator para voar em cena. Foram confeccionadas cerca de 70 réplicas de armas de fogo, entre espingardas utilizadas no final do século XIX e 30 metralhadoras modernas, como AK47 e fuzis americanos, utilizados na Guerra do Golfo e mais pistolas de época, como manlincher, comblaein, modelos utilizados pela Gestapo alemã, além de clavinotes antigos (com boca de sino).
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O destaque fica por conta da Matadeira. Levada pela expedição nacional ao sertão baiano, o canhão 32 desenhado pelo diretor de arte tem sua estrutura toda feita em ferro e pesa cerca de meia tonelada. A forma é a do Globo High Tech puxado a carro de bois, com a erupção de um cano apontado para o inimigo do país de dentro. O sistema de transmissão de vídeos captados e editados ao vivo permite projeções em diversos locais: chão, teto, paredes. Imagens diferentes são exibidas simultaneamente. A novidade é a inclusão de projeções de cinema de 35 milímetros, com cenas especialmente filmadas para o espetáculo.
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A equipe de viagem de Os Sertões fica completa com a entrada em cena de 15 adolescentes de grupos de teatro do Rio, que serão treinados nas cinco peças por meio de uma oficina aplicada pelos atores Camila Mota, Freddy Allan e Zé de Paiva. Além disso, haverá o reforço das equipes técnicas do Rio Cena Contemporânea, que serão integradas para transformar o espaço numa terra sertaneja.
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"O Teatro Oficina será reproduzido no Centro Cultural da Ação de Cidadania, o epicentro do Rio Cena. Vamos reconstruir a passarela central com a suspensão do piso para criar um corredor subterrâneo e as galerias de arquibancadas, que abrigarão 1000 pessoas, como já fizemos em 2000, quando trouxemos Boca de Ouro em nossa última passagem pelo Rio", explica a produtora Ana Rúbia de Melo.
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Deve ser a sensação do Rio Cena Contemporânea.

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